quinta-feira, 3 de julho de 2008

Thomas Hobbes I - Uma visão sobre o filósofo


Thomas Hobbes de Malmesbury sempre manteve como uma de suas principais preocupações a situação social e política da sua Inglaterra natal. Seu livro Leviatã é fruto destas preocupações, definindo esse "monstro" (de nome inspirado na Bíblia - Jacó, 40, 20) como um homem artificial, embora de maior estatura e força do que o homem natural, para cuja proteção e defesa foi projetado. Este "homem artificial" teria por objetivo garantir a paz entre os homens naturais, cujos interesses particulares fariam com que sua convivência, num estado de natureza, fosse uma constante "guerra de todos contra todos".
A concepção política moderna surgiu acerca da dúvida se a comunidade era anterior ao indivíduo (na ordem ontológica) e se a justificação da política baseada em valores transcedentes, como a concepção antiga de bem, ainda eram viáveis. A Modernidade foi marcada pela ruptura com a noção do poder de origem divina e com a pluralização do conceito de bem, sendo testemunhada por alguns filósofos que tentaram elaborar uma justificativa para a nova ordem. E Thomas Hobbes foi um dos que trataram sobre a questão da legitimidade do poder político, inaugurando uma corrente de pensamento que ficou conhecida como Contratualismo, que por sua vez foi desenvolvida por Hobbes tomando como base o indivíduo, onde ele afirma que "os homens nascem livres e iguais". Daí surge uma questão: "como conceber uma ordem social e uma forma de organização coletiva que estejam fundadas sobre os indivíduos e os valores fundamentais de igualdade e liberdade?".

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