AS LEIS DO PENSAMENTO
Aristóteles afirma que cabe ao filósofo enunciar o princípio mais certo de todas as coisas e esse princípio é o "Princípio da Não-Contradição", que enuncia, por sua vez, que o mesmo atributo não pode "pertencer" e "não-pertencer" ao mesmo sujeito, ao mesmo tempo e sob um mesmo aspecto. Esse princípio é formulado para o estudo da natureza de toda substância,

Um dos argumentos construídos por Aristóteles em sua obra "Metafísica" refuta a opinião que afirma a possibilidade de algo "ser" e "não ser" ao mesmo tempo e sob um mesmo aspecto (como acreditavam alguns filósofos, vulgarmente chamados por ele de físicos). Para ele, é impossível dar demostração de tudo, mas o Princípio da Não-Contradição é evidente por excelência. As próprias leis do pensamento são regidas por ele: basta pedir para que nosso adversário diga algo e, se fizer sentido, ele estará de acordo com o tal princípio. Caso contrário (se não fosse produzido nenhum sentido) ele seria um "mero vegetal".
Fazer sentido é necessário para o entendimento e as palavras devem remeter a um significado específico ou a um número de significados, mas nunca infinitos, pois nesse caso não poderíamos extrair nenhum sentido, não existindo um discurso de fato. "É impossível pensar se não se pensa uma determinada coisa: mas, se isto é impossível, um nome só poderá ser atribuído a essa coisa".
Um ponto importantíssimo a destacar é que é impossível que uma coisa não signifique essa coisa. Por exemplo: é impossível que "ser homem" signifique precisamente "não ser homem" (ao mesmo tempo e sob um mesmo aspecto). Tal impossibilidade tem como conseqüência a produção de sentido, pois a partir do estabelecimento de conceitos sólidos obteremos frases e enunciados que signifiquem, necessariamente, somente uma coisa.
2 comentários:
Excelente a explicação do princípio da não contradição. Creio, no entanto, que o que é uma coisa, ela é enquanto é. Entretanto, salvo o Divino -admitamos , é imutável. Todos os outros entes são finitos, contingentes e mutáveis. Como conciliar esses dois conceitos? Gostaria de ser esclarecido a respeito.
Excelente a explicação do princípio da não contradição. Creio, no entanto, que o que é uma coisa, ela é enquanto é. Entretanto, salvo o Divino -admitamos , é imutável. Todos os outros entes são finitos, contingentes e mutáveis. Como conciliar esses dois conceitos? Gostaria de ser esclarecido a respeito.
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