Dedico esta postagem aos meus amigos^^, aqueles por quem vale a pena lutar e continuar vivendo. Quero que saibam que a distância e o tempo não são capazes de diminuir o amor que eu sinto por vocês.
"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor. Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários. De como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos! A gente não faz amigos, reconhece-os".
(Vinícius de Moraes)
segunda-feira, 31 de março de 2008
domingo, 30 de março de 2008
Wave (Tom Jobim)
Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossivel ser feliz sozinho
O resto é mar
É tudo que eu não sei contar
São coisas lindas
Que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho a brisa e me diz
É impossivel ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver
ç_ç
O herói é a vitória
Friedrich Nietzsche. Um alemão que, desde a infância, já tinha um objetivo: seguir a tradição da família e ser mais um pastor protestante. Isso não seria um grande esforço: Niezsche já sabia praticamente tudo sobre a Bíblia. Mas um dia perguntas o assombraram: "qual o objetivo, afinal, da moral do povo de Deus, que me oprime, que me castiga e que só me faz promessas? Será que não sou um escravo, um fraco? Qual o valor dos valores?".
A partir daí Niezsche nunca mais foi o mesmo, passou de religioso para um dos maiores críticos da religião (principalmente a cristã) e da tradição filosófica ocidental. Para ele o único critério válido para legitimar qualquer valor é a vida, ou seja, a validade de um valor só se justifica quando ele afirma a vida e permite a sua expansão. Sendo assim, os valores que afirmam a vida são ascendentes, enquanto os que a enfraquecem são decadentes.
Segundo Niezsche os valores são imanentes, e não transcendentes como no dualismo (Platão), como no racionalismo (Descartes) e como no cristianismo ("o rebanho guiado por Deus"). Ele ataca o dualismo ao negar a existência de uma separação do corpo e da alma, ao negar que é a partir do universal que conhecemos o particular e que exista um mundo das idéias do qual "caem" os valores (essas idéias foram incorporadas pelo racionalismo e pelo cristianismo). O racionalismo também é atacado quando Niezsche diz que o homem é uma unidade e não um composto formado por uma substância estensa e outra pensante. Ele não apoia que o "eu" (Descartes) é constante, e sim variável (um feixe de percepções). Mas nenhum desses ele criticou tanto como o cristianismo.
"O cristianismo é o platonismo para o povo, todos os problemas anteriores juntos em um só nome, uma mentira que foi repetida várias vezes e se tornou uma verdade baseada num além-mundo que será atingido após a morte sem pecado e é violento tal como o rebanho (cheio de secretas vinganças) que impõe um moral que escraviza e desvaloriza a vida".
Dessa maneira Niezsche destaca dois tipos de moral: a moral escrava, que tem como base a culpa, o pecado, o castigo, océu e que foi criada pelo rebanho (que possuí horror a mudanças) para abater principalmente os fortes. A outra moral é a nobre, onde o herói afirma a vida mesmo que na agressividade e na crueldade.
O herói. Ele vencerá um dia a moral crsitã e será o seu próprio senhor, criando seus valores. Segundo Niezsche, o herói passará por uma libertação com angústia, sendo desencorajado diversas vezes pelo rebanho. De espírito em camelo, de camelo em leão e de leão, finalmente, em criança, eis o herói, que em seus atos cintila: "a eterna, suprema afirmação, em sua plenitude e globalidade".
Muito se discute acerca das obras de Niezsche, alegando como uma espécie de base para a ideologia nazista.
(Para complementação acerca das transformações de espírito, leia o texto "as três transformações de espírito" presente por aqui).
sábado, 29 de março de 2008
CAMPANHA: "amigos, enriqueçam meu blog!!!"
A campanha está lançada. É fundamental compartilhar, por isso anseio por comentários, e-mails, idéias, sugestões e contribuições.
Até ir papear e filosofar está valendo (^-^).
Me ajudem, enriqueçam esse lugar! ;)
Mande tudo que quiser para: marceloinaguejunior@gmail.com
O Espaço é de vocês!
Paradoxo
A fonte das civilizações
A água. Uma substância indispensável para a vida. Uma fonte que influenciou o pensamento humano, construiu civilizações e é uma grande questão contemporânea, pois sofre com o "desenvolvimento" desordenado do homem e poderá estar em grande falta no futuro.
Um aspecto importante que temos que levar em conta é que a quantidade de água no planeta não varia muito, porém a população humana sim. A população mundial só tem aumentado e a quantidade de água potável teria que ser muito maior do que é na realidade.
Um aspecto importante que temos que levar em conta é que a quantidade de água no planeta não varia muito, porém a população humana sim. A população mundial só tem aumentado e a quantidade de água potável teria que ser muito maior do que é na realidade.
As grandes civilizações do passado se desenvolveram nos vales dos grandes rios. Esses rios desempenharam uma função vital nessas civilizações, tanto na agricultura, construção e localização como na própria cultura. Muitos rituais envolvem o uso da água, muitas vezes como símbolo da purificação.
Purificação. Economia. É do que as águas do mundo precisam. A sociedade contemporânea tem como grande dilema os gastos com a preservação da água existente ou a continuação do uso desenfreado da água.
A visão de que um dia a água poderá faltar já está mudando o pensamento do homem. Estima-se que em 20 anos, 60% da população mundial tenha carência de água e isso já se reflete no modo de vida de muitos povos.
Em contraste da poluição da água devido ao crescimento de países emergentes (como Brasil, Índia e China) e dos países industrializados, há uma busca por novas tecnologias e estudos que possam reverter a situação. Com isso podemos dizer que a questão da água está gerando novos ramos científicos (assim como gerou estudos que levaram à despoluição do Rio Tâmisa, na Inglaterra). Muitos países colocam seus rios como uma de suas propriedades mais importantes além da qualidade destes poder ser associada à qualidade de vida de uma região.
A população mundial tem que se conscientizar (começando por cada um de nós), ainda há tempo, mas ele está se esgotando. O homem não pode viver como antes, não existe mais água potável que atenda todas as pessoas, por isso o desperdício não pode mais existir.
Não é exagero dizer que a água é algo sagrado, pois é imensamente necessária para todas as funções vitais de um ser vivo, possibilitando que este se desenvolva. Ela ainda não é um artigo de luxo, mas quando for, valerá tanto quanto um copo de água no meio do deserto.
Filosofia (Noel Rosa)
O mundo me condena
E ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
Se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome.
E ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
Se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome.
Mas a filosofia
Hoje me auxilia
A viver indiferente assim.
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Para ninguém zombar de mim.
A viver indiferente assim.
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Para ninguém zombar de mim.
Não me incomodo
Que você me diga
Que a sociedade
É minha inimiga.
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba
Muito embora vagabundo.
Que você me diga
Que a sociedade
É minha inimiga.
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba
Muito embora vagabundo.
Quanto a você
Da aristocracia
Que tem dinheiro
Mas não compra alegria
Há de viver eternamente
Sendo escrava desta gente
Que cultiva hipocrisia.
Da aristocracia
Que tem dinheiro
Mas não compra alegria
Há de viver eternamente
Sendo escrava desta gente
Que cultiva hipocrisia.
sexta-feira, 28 de março de 2008
E afinal, o que é FILOSOFIA?
Talvez não tenhamos uma resposta correta, mas...
-Pitágoras (séc. VI a.C.), um dos primeiros filósofos pré-socráticos e também matemático, teria usado pela primeira vez a palavra filosofia (philos-sophia), que significa "amor à sabedoria". Assim com o auxílio da etimologia, podemos ver que a filosofia não é puro logos, pura razão: ela é a procura amoroza da verdade.
-O professor Dermerval Saviani conceitua a filosofia como uma reflexão radical (busca explicitar os conceitos fundamentais usados em todos os campos do pensar e do agir), rigorosa (o filósofo deve dispor de um método claramente explicitado a fim de proceder com rigor) e de conjunto (a filosofia é globalizante, porque examina os problemas sob a perspectiva de conjunto, relacionando os diversos aspectos entre si) sobre os problemas que a realidade apresenta.
(Filosofando: introdução à filosofia/ Maria Lúcia de Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins- 3. ed. revista- São Paulo: Moderna, 2003)
A filosofia é algo do tipo ame-a ou deixe-a?
A resposta é: não.
Estamos sempre filosofando, mesmo sem saber que estamos...
Desconhecida por muita gente, grande alvo de críticas e preconceito, a filosofia está em todos os lugares, pois vincula-se com o próprio pensamento, a própria vida do homem.
Se quando estamos sob uma ditadura ela é a primeira coisa a sumir das escolas é porque ela possue algum poder de transformação, daí o medo.
De nenhuma maneira ela se restringe ao campo teórico: o homem dispõe de meios para levá-la ao campo prático, a começar pela palavra...que é no fim das contas o instrumento mais poderoso e base para toda uma transformação. Transformação essa que um dia será alcançada (ou não).
O primeiro ato de um filósofo é ADMIRAR-SE com o mundo, SE ESPANTAR.
Um Mundo de idéias
Uma brevíssima introdução ao Platonismo.
O ser humano, em relação aos outros animais, é um ser intelectualmente fascinante, pois é um animal simbólico, ou seja, ele não conseguiria transmitir a maioria de suas idéias sem ter um domínio da abstração. O homem é dotado de logos (pensamento que se pronuncia, idéia que se transmitem, essências que se constroem na mente, razão) e palavra (que é o instrumento exclusivo de nossa espécie).
O filósofos refletem sobre um determinado assunto até acharem alguma explicação ou não. Eles se envolvem numa reflexão que tem como objetivo esgotar ao máximo esse tema, ou seja, chegar o mais próximo possível da sua essência. A dialética, surgida na Grécia Antiga, é isso: a arte do diálogo, da contraposição e contradição de idéias que leva a outras idéias.
Um filósofo chamado Arístocles conhecidíssimo pelo nome Platão, velha figura da filosofia, se perguntou porque nós, desde pequenos, já possuíamos idéias. Segundo Platão, entes das almas incorporarem nas pessoas, ou seja, antes de nascermos as almas viviam no mundo inteligível, dito pelo filósofo como o mundo do verdadeiro conhecimento, que é eterno. Então as almas possuíam idéias quando viviam nessa esfera superior sendo que, quando nascemos, possuíamos idéias inatas com maior ou menor clareza.
Basta uma criança ver uma ou duas vezes um cachorro, por exemplo, para ela reconhecer a sua essência e sempre que estiver em algum lugar e ver um cachorro, podendo ele ser grande, pequeno, ter pêlo diferente e não ter nada a ver com os outros que ela viu, ela reconhecerá que é um cachorro. Uma das primeiras coisas que as crianças percebem é a diferença do feminino para o masculino. A pessoa desde pequena observa que um homem tem barba, voz grossa e a mulher é delicada, tem voz suave, guardando isso como a essência de ser homem e ser mulher. Já a liberdade nós não podemos ver, pois ela é uma palavra que exige ser compreendida através da abstração (não a veremos andar por aí como o cachorro, por exemplo), ela é uma idéia. Daí se depreende o conceito amplo de essência, complicado de se definir em poucas palavras, mas que tentarei fazê-lo: "Essência é aquilo que faz uma coisa ser o que ela é".
Conservamos a essência de algo desde pequenos. Todo conhecimento é um reconhecimento, pois um ser não precisa ser exatamente igual a outro para que receba o mesmo nome. É a partir do universal que eu conheço o particular. É através da idéia de essência.
Sim, nós existimos.
Meditação primeira e meditação segunda
René Descartes, filósofo, físico e matemático, se questionou porque as explicações para várias coisas não eram satisfatórias, o que se traduziu no momento em que Descartes se desfez de todas as suas antigas opiniões, se questionando nas chamadas "meditações metafísicas" que são radicais (radical no sentido de raiz) e hiberbólicas, última característica esta que revela o exagero óbvio e intencional de tais obras.
Descartes se isolou da sociedade na Holanda, e foi dessa maneira que começou suas meditações. Ele chegou à conclusão de que ele não precisaria destruir cada idéia, mas simplesmente duvidar das raízes do conhecimento: os sentidos e a razão. Descartes queria achar uma única verdade para construir um novo "edifício" do conhecimento. Os sentidos nos dão a existência e as qualidades das coisas. Para derrubá-los no que se diz respeito as características do mundo material, Descartes propôs o argumento da torre que à longa distância é vista diferente tal como ela é. E para tentar derrubar os sentidos no que se diz respeito à existência das coisas, ele propôs o argumento do louco, que diz que uma pessoa tomada pela loucura dá existência a coisas que não existem. Por exemplo: um louco pode estar vestido com trapos, mas pensar que está vestido com uma roupa bordada a ouro. Entretanto, Descartes viu que isso funcionava apenas com os loucos, por isso desenvolveu o argumento do sonho, que tem um poder de convencimento imenso. Esse argumento diz que quando sonhamos as percepções do sono são indistinguíveis das percepções de vigília, sim, aí percebemos que nossos sentidos nos enganam. E para que confiar em quem já nos enganou? Nesse ponto Descartes coloca em dúvida o próprio mundo sensível, dizendo que talvez o mundo seja muito diferente do que é na realidade e até que nós mesmos sejamos diferentes, mas é importante evidenciar que pelo menos temos algum vínvulo com a realidade verdadeira e que as cores que nos compõem também são reais.
Com os sentidos colocados em questão, Descartes começa a duvidar da razão. Ele se pergunta o motivo de errarmos em contas simples, mesmo se dominamos bem o assunto (fazer contas de somar, por exemplo). Ele associa esses erros, essas "mancadas" que nós cometemos a Deus, que é soberano, tudo pode e por isso nos engana. Mais tarde supõe que Deus não exista (coisa que ele virá a negar ao longo de suas outras meditações, chegando na certeza de que Deus existe e é onipotente) e diz que quem nos engana é o "gênio maligno", que vive para nos confundir, mas que também é colocado em questão (pelo que observamos, Descartes coloca dúvidas sobre dúvidas, reafirmando a essência da filosofia que é a de criar mais questionamentos do que nos trazer respostas).
Duvidando praticamente de tudo, menos de que o homem é um composto corpo mais alma (um composto que se separa numa substância extensa e em outra pensante, baseada na filosofia platônica de mundo sensível e inteligível), Descartes pelo menos pôde encontrar uma única verdade nas suas duas primeiras meditações: PENSO LOGO EXISTO (COGITO ERGO SUM). Em todos os momentos ele estava pensando e duvidando, chegando à conclusão de que tudo pode estar errado, o mundo pode ser diferente, ele mesmo pode ter outra aparência, ou até não ter corpo, mas ele não pode duvidar que estava duvidando, consequentemente, pensando e existindo. Ele sabe que existe: "a única forma de garantir que existo é porque penso".
Uma lenda árabe
Bem, eu estava a navegar pela internet e li isto na página de uma amiga...me apaixonei. É importante refletir e tentar aprender em cima da curtíssima, porém linda história que eu também passo adiante aqui no meu blog^^.
Muito obrigado Becca!!!
"Diz uma linda lenda árabe, que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem, discutiram. O outro, ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia:"HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO." Seguiram e chegaram a um oásis, onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra:"HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA." Intrigado, o amigo perguntou: "Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?" Sorrindo, o outro amigo respondeu: "Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar; porém, quando nos faz algo grandioso, deveremos gravar na pedra da memória do coração onde vento nenhum do mundo poderá apagar..."
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