quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2 anos de blog

E não é que dia 14 de dezembro passou e eu esqueci que meu blog completava 2 aninhos?
Bem, acho que não me atrasei tanto assim, pois ainda estamos em 2009! Hehehe.
Vale lembrar que a ideia desse blog surgiu de um jornalzinho intitulado "JIN", de curto período de vida, mas de grandes esforços. Esse jornal foi, durante esse tempo - ou seja, em algum momento do meu então terceiro ano do ensino médio -, meio de expressão de alguns alunos da noite do Colégio Pedro II da Unidade Humaitá II. Era algo bem independente mesmo; e bem interessante também.
Bem, voltemos ao presente: 2009 foi um ano corrido na Uerj, muitos trabalhos, leituras, trabalhos, trabalhos, monitoria, provas e trabalhos haha. Entretanto foi um ano para reforçar mais ainda a vontade que tenho de continuar no caminho da filosofia.
Que em 2010, a filosofia e eu, mais uma vez, sejamos companheiros dessa incrível viagem que é a vida! Sem preconceitos e sempre com bom humor, é lógico. E nada de fanatismos ò.ó

Trago aqui, para encerrar o ano, um pequeno texto que trabalhei junto ao grupo de Ateliê de Filosofia e Infância da Uerj, grupo este que só me me proporcionou experiências maravilhosas. Talvez esse texto possa ser uma semente para muitas reflexões em 2010. Um feliz ano novo, parabéns ao blog (ele merece!) e que realizemos muitas coisas boas em 2010!



Resposta ao outro: a carícia
Joan-Carles Mélich

O outro, com quem alguém está desde o princípio, não é o resultado do meu conhecimento. Situa-se muito além do saber e do conhecer. O outro é rosto. O rosto não é metáfora, mas epifania. O rosto não significa nada, simplesmente se expressa.
O rosto é o que escapa permanentemente. O outro, como rosto, é a resistência ao poder imperialista do eu. Contemplo o rosto, escuto-o, porque o rosto fala. Escuto-o e não posso com ele, não posso absorvê-lo. O rosto está além do reconhecimento, porque não depende de minha liberdade. O rosto está desnudo, desprotegido. É frágil como uma criança, como um velho. É frágil como a viúva ou o mendigo. Está indefeso diante da arrogância e do poder da totalidade da consciência, da razão, da técnica, do eu. Mas em sua fragilidade, o rosto fala, me chama, me ordena, me manda. Sou seu refém. A relação com o outro, com o rosto, não é de conhecimento, de intencionalidade ou de saber. A relação com o outro é de entrada, de ética. É uma relação de responsabilidade. O rosto me ordena des-interessadamente.

Um comentário:

Elis Vasconcelos disse...

Parabéns ao seu blog! ^^