terça-feira, 6 de maio de 2008

A unidade como princípio


Matemática e espiritualidade
Pitágoras foi líder de um pensamento à parte na filosofia de sua época, pois concedeu um caráter religioso (com características do Orfismo) diferente da religião oficial e encarou a matemática como uma via de salvação da alma.
Para esse grande filósofo, que submetia a sua escola a rigorosos ritos de iniciação, a physis é o número; e o número é a perfeição. A base do número é a unidade, o ponto. Isso expressa o seu desejo de querer reduzir tudo a uma unidade e de tornar a matemática algo indubitável.
Essa ciência poderia explicar tudo, inclusive a alma e a espiritualidade humanas, verdades que eram reveladas através dos mistérios matemáticos, que traziam à tona a ordem que rege tudo o que é e tudo o que vem a ser.
A Escola Pitagórica deixa claro que, naquela época, as descobertas científicas afetavam a espiritualidade do homem e eram fontes de profundos debates e preocupações, podendo gerar o medo (o caso dos irracionais, e com eles a visão de que talvez "a alma não poderia ser salva", um escândalo), diferente da importância que é dada, hoje em dia, no mesmo campo, pois elas passam indiferentes e não representam algo que afetaria a vida das pessoas.
A espiritualidade em torno da matemática aconteceu na Grécia, mas se foi (atualmente)...e se não se foi, está quase ausente...
Pitágoras merece créditos por grande feitos, como o famoso teorema que leva o seu nome.

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