sábado, 7 de fevereiro de 2009

Psicologia na Escola- uma pequena nota


A importância da psicologia na educação é evidenciada na relação professor-aluno/ aluno-professor e nas questões ligadas a uma espécie de atitude da instituição educacional para com os membros que a constituem. O “objeto” da psicologia é, dentre suas muitas atribuições, um objeto complicado de estudo: o homem. Seu comportamento, suas relações, seus afetos e transtornos tornam-se objeto de análise; e muitas vezes não se chega a um consenso absoluto, um marco essencial do caráter humano da psicologia.

Diante do aluno, o professor não conhece sua subjetividade, nem ao menos tem uma idéia superficial de quem seja esse ser humano à sua frente. De certa forma o modelo de educação nos tira a autonomia de reflexão. Cabe, então, ao conhecimento da psicologia aplicado ao sistema de ensino se obedeceremos ou não tal afirmação. A psicologia estuda o ser humano em sua complexidade e a escola é, ou deveria ser, o primeiro contato com o mundo depois da família; uma relação com o desconhecido, com pessoas diferentes, com histórias de vida opostas, com gostos diversos e em pleno desenvolvimento cognitivo. Estão em jogo, aqui, comportamentos aparentes e não-aparentes, onde cada um de nós interpreta subjetivamente onde estamos, ou seja, a verdade deixa de ser um modelo absoluto.

Outra questão que clama pela psicologia é a da avaliação. Ela não pode ser um instrumento de tortura, mas existem certas tendências que apontam para o contrário. Modelos devem ou não devem ser priorizados? Será que todos devem ser enquadrados nos mesmos moldes? Se nós afirmamos que todos os seres humanos nascem com as mesmas capacidades de desenvolvimento de um pensamento lógico, o que podemos dizer acerca da história de cada um deles? “Nada” seria, talvez, uma resposta razoável. Algumas teorias exaltam o erro como sendo fundamental para a construção do conhecimento. Outras o compreendem como algo que deve ser eliminado. Como prosseguir ensinando? Seguindo somente um único caminho ou sendo flexível e, assim, seguindo vários caminhos ao mesmo tempo?

A flexibilidade pode ser considerada uma atitude empreendida por uma psicologia aplicada ao ato de ensinar, pois é prudente considerar que a criança tem que aprender certos conteúdos na medida em que vai desenvolvendo sua capacidade cognitiva. A ação do sujeito no meio transforma o meio e o próprio sujeito. Tendo isso em mente, ambos, professor e aluno deixam o status de personagens institucionalizados para tornarem-se sujeitos com esse potencial de transformação.

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